News
Loading...

Siga-nos!

O HOMOSSEXUALISMO E A BÍBLIA


Mensagem do Cardeal D. Eugenio de Araújo Sales
Arcebispo Emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro
09/11/2007

Podem usar plenamente o nome de cristão somente aqueles que buscam
pôr em prática, na sua vida, os ensinamentos de Jesus Cristo. As fontes dessa
doutrina se encontram na Sagrada Escritura, particularmente no Novo Testamento,
e na Tradição autêntica, confiados por Cristo a Pedro e aos Apóstolos e seus
sucessores, que constituem o Magistério vivo. Assim, não pertencem plenamente
à comunidade cristã aqueles que escolhem o que lhes agrada, isentando-se
de obedecer à doutrina íntegra, dentro das limitações humanas.
Parece-me oportuno recordar o ensino da Igreja sobre o homossexualismo.
Que diz a Sagrada Escritura? O Gênesis (o livro das origens, cap. 19, 1ss)
descreve a destruição de Sodoma e, em cores vivas, a decadência moral ali
existente. No Levítico (20,13) lemos: ?O homem que se deita com outro homem
como se fosse uma mulher, ambos cometerão uma abominação?. No Novo Testamento,
São Paulo, em sua Epístola aos Romanos, assim se expressa sobre o assunto:
?Por isso Deus os entregou, segundo o desejo dos seus corações, à impureza
e eles mesmos desonraram seus corpos. Eles trocaram a verdade de Deus pela
mentira e adoraram e serviram à criatura em lugar do Criador, que é bendito
pelos séculos. Amém. Por isso Deus os entregou a paixões aviltantes: suas
mulheres mudaram as relações naturais por relações contra a natureza; igualmente
os homens, deixando a relação natural com a mulher, arderam em desejos uns
para com os outros, praticando torpezas homens com homens e recebendo em
si mesmos a paga da sua aberração. (...) Deus os entregou à sua mente incapaz
de julgar (...), insolentes, arrogantes, fanfarrões? (Rm 1,24-32). O mesmo
Apóstolo (1Cor 6,9ss) escreve: ?Nem os impudicos, nem os idólatras, nem os
adúlteros, nem os depravados, nem os efeminados, nem os sodomitas (...) herdarão
o Reino de Deus (...). Mas vós vos lavastes (...), mas fostes justificados
em nome do Senhor Jesus?.
Em muitas outras passagens da Sagrada Escritura é uma constante o ensinamento
sobre a matéria. No novo ?Catecismo da Igreja Católica? (nº 2357ss), o assunto
é abordado de maneira clara e precisa: ?A homossexualidade designa as relações
entre homens ou mulheres que exprimem uma atração sexual exclusiva ou predominante
para com pessoas do mesmo sexo?. E continua: ?Reveste formas muito variáveis,
através dos séculos e das culturas. A sua gênese psíquica continua em grande
parte por explicar. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que apresenta os atos
homossexuais como depravações graves, a Tradição sempre declarou que ?os
atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados? (Congregação para
a Doutrina da Fé, Declaração ?Persona humana?, 8). São contrários à lei natural,
fecham o ato sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade
afetiva sexual. Não podem, em caso algum, receber aprovação?.
?Um número não desprezível de homens e de mulheres apresenta tendências
homossexuais profundas. Eles não escolhem a sua condição de homossexuais;
essa condição constitui, para a maior parte deles, uma provação. Devem ser
acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a
eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas
a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se são cristãs, a unir o sacrifício
da Cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar em virtude da sua condição?.
É óbvio, reprovamos qualquer violência.
?As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do
autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio duma
amizade desinteressada, pela oração e graça sacramental, podem e devem aproximar-se
gradual e resolutamente, da perfeição cristã.?
O católico homossexual tem o dever de praticar esse ensinamento e alcançar
a vida eterna, mesmo que seja difícil a prática da virtude. Mas tampouco
louvar os que nasceram assim. Quem é católico também não pode hostilizar
o que nasce com esse fardo, mas deve ajudá-lo. Exaltá-lo como herói é, pois,
um contra-senso.
Diante dessa exposição do ensinamento sobre a homossexualidade, o cristão
não pode apoiar as manifestações ruidosas em defesa dos homossexuais, sob
o pretexto de defendê-los de agressivas atitudes. O caminho não pode ser
esse, pois, na prática, exalta essa condição de tais filhos de Deus e nossos
irmãos. Esse tipo de pressão se transforma em promoção dos que assim vieram
ao mundo.
Sem dúvida, é estranha a posição de autoridades que participam dessas
ruidosas manifestações. Muitos de índole carnavalesca ? alguns lá estão por
esse motivo e não por adesão ? onde não faltam tentativas de ridicularizar
símbolos cristãos, sem que os organizadores sejam minimamente interpelados
por isso. O mesmo se diga dos cristãos que engrossam a multidão dos que integram
o apoio a essa situação.
A Igreja ensina que as pessoas homossexuais são chamadas à castidade.
Nem sempre seus ensinamentos são aceitos. Nem por isso ela deve mudar para
agradar. O exemplo de Jesus Cristo, pregado e morto na cruz, é conseqüência
de sua fidelidade à verdade, mesmo que desagrade. Não mudou sua pregação
quando muitos dela se afastaram, por acharem duro e impraticável o que Jesus
Cristo lhes dizia. E aos doze que permaneceram fiéis Ele perguntou: ?E vós,
não quereis ir?? A resposta de Pedro vale ainda hoje: ?Tendes palavras de
vida eterna? (Jo 6,67-68). Merecem respeito e ajuda os homossexuais que buscam
viver conforme os ensinamentos de Jesus Cristo. Assim rezava Santo Agostinho:
?Eu julgava que a continência dependia de minhas próprias forças (...), forças
que eu não conhecia em mim. E eu era tão insensato que não sabia que ninguém
pode ser continente, se vós não lho concedeis. E sem dúvida concedido, se
com meus gemidos interiores vos ferisse os ouvidos e, com firme fé depusesse,
em vós os meus cuidados?.
O Santo Padre Paulo VI examinou o assunto e escreveu a carta encíclica
?Celibato Sacerdotal?, com data de 24 de junho de 1967, que assim começa:
?O celibato sacerdotal, que a Igreja guarda desde há séculos como brilhante
pedra preciosa, conserva todo o seu valor mesmo nos nossos tempos?.
Share on Google Plus

Sobre Unknown

O Noticia G é um blog de notícias LGBT sob o princípio da diversidade. Portanto, divulgamos tudo o que cremos ser relativo a todo SER HUMANO. O blog NOTICIA G não mantém qualquer vínculo empregatício com seus colaboradores/colunistas. Todos o fazem por livre e espontânea vontade. As opiniões expressas pelos colaboradores/colunistas não refletem necessariamente a opinião do blog. Se você detém direitos sobre qualquer assunto/mídia veiculado no blog, favor contatar para retirarmos (noticiag@hotmail.com)
    Blogger Comment
    Facebook Comment

1 comentários :

  1. Acredito, como psicólogo, que a religião é um grande constituinte para a construção subjetiva humana, ela é responsável pela construção dos costumes, crenças e valores individuais de cada uma. Mas não podemos deixar, que a religião seja determinante nas ações humanas, a ponto de proibir as pessoas de exercerem seus direitos de cidadão. A religião católica, como sendo um sistema pragmático, designa suas próprias leis, atos, dogmas, emcima dos seus próprios objetivos, assim como qualquer outra religião. Não podemos deixar que a religião interfira, contundentemente, nas leis judiciais, pois elas são criadas para favorecer a todos sem discriminação, mas as religiosas, somente para favorecer aqueles que aderem tais crenças. Acho ótimo, que a igreja católica não aceite a homossexualidade, assim demonstra a intolerância de sua autonomia e justificativa sem respaldo cientifíco, mas numa base de um cristo mau e vingativo. Obrigado

    ResponderExcluir