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Entrevista com representante do Movimento da Diversidade Sexual de Macaé

Resolvemos inovar desta vez. Para levarmos ainda mais conhecimento e informações para todos vocês nossos queridos leitores, entrevistaremos neste mês os representantes do Movimento da Diversidade Sexual de Macaé, região dos lagos do estado do Rio de Janeiro.

Noticia G: Olá queridos , obrigado por aceitarem conceder a entrevista!
MDS: Nós é que agradecemos a oportunidade de mostrarmos um pouco de nosso trabalho para o seu público, através deste importante veículo de comunicação.

Noticia G: Há quanto tempo existe o grupo?
MDS: A ONG MDS completa no dia 13 de maio de 2010, cinco anos de trabalho de prevenção das DST/AIDS e na militância LGBT.

Noticia G: Quem foi o fundador?
MDS: A idéia da criação deste movimento em Macaé foi de Mario Sergio Santos que já tinha um trabalho social nesta cidade e de Fabio Fernandes, que venderam a idéia para os amigos e num mutirão nasceu o MDS, através de um grupo de 10 militantes e em seguida o grupo foi crescendo com a adesão pela comunidade do Parque Aeroporto.

Noticia G: Vocês sabem de que principio partiu a idéia de criar uma ONG LGBT?
MDS: Pela necessidade de se criar um espaço para se discutir este e outros assuntos inerentes as diversidades, em apoio a adolescentes que tinham comportamentos diferenciados e também da importância da construção de um trabalho mais efetivo em prol da prevenção das DST/HIV/Aids e doenças oportunistas, que teve um crescimento assustador.

Noticia G: Quem faz parte da atual diretoria? São todos gays?
MDS: A Diretoria hoje é composta pela Presidente Fernanda Machado, Vice-Pres: Léo Moraes, Diretor Administrativo-Financeiro: Jacqueline da Conceição e Diretor Sócio-Cultural: Thayan Gama, militantes gays, em quase sua totalidade (homens e mulheres) e apenas uma simpatizante, mas comprometida com o movimento.

Noticia G: Vocês já tiveram que fazer intervenções em casos de gays não assumidos que tivessem problemas com a família. Como foi?
MDS: Sim. As intervenções são realizadas, a partir da procura dos protagonistas, por entendermos que as pessoas são livres para optarem por sua liberdade de expressão, manifestação, orientação/condição sexual, como também de procurar ajuda quando sentir necessidade. Entendemos o assumir, a partir da aceitação do próprio indivíduo e não quando dão ciência a família, mas para os casos familiares oferecemos profissionais das áreas: social, psicologia para aconselhamento e acompanhamento aos casos apresentados.

Noticia G: Existem muitas coisas a serem estudadas e trabalhadas na sociedade mundial enquanto uma sociedade capitalista homofóbica quase que “genéticamente”. Vocês crêem verdadeiramente que conseguiremos mudar a mentalidade discriminativa do Brasil?
MDS: Acreditamos nas mudanças, a partir do momento que levamos esta discussão para os espaços democráticos, como: escolas, associações, movimentos sociais, entre outros, por entendermos que o preconceito nada mais é do que desconhecimento de causa, que chamamos habitualmente de ignorância. Desde o princípio do mundo..., da humanidade..., que a sexualidade ( homo, bi, entre outras nomenclaturas) se fazem presentes como necessidade humana. O mundo repleto de diversidades culturais, umas mais reacionárias, outras mais libertárias, mas a condição sexual sempre esteve e estará presente, chegando as diferenças de condições sexuais serem entendida como doenças mentais, por ser diferenciada do que se entendia por padrão - a heterossexualidade e com o passar do tempo e a busca do entendimento, da ciência e através das lutas, das militâncias... Temos observado grandes mudanças e descortinando aos poucos a hipocrisia, o machismo, dentre outros. As mudanças já são visíveis no mundo inteiro e até mesmo em nosso país, nos Estados, e até mesmo em nosso município, com inúmeras ações e aqui sito algumas: o Fórum Municipal Homoafetivo, a realização dos Pactos Homoafetivos, o crescimento dos movimentos sociais LGBT, a jurisprudência nos casos de aposentadoria por motivo falecimento de um dos(as) companheiros (as), o direito das Travestis e Transexuais a usarem o nome social nas repartições públicas e escolas, as crescentes manifestações, através das paradas LGBT em todo o mundo, os Movimentos de Direito das Travestis, das Transexuais, das Lésbicas, etc., o direito de registro de boletim de ocorrência nas delegacias, por motivos de agressões de cunho homofóbicos ou quando o cidadão se sentir lesado por outros motivos quaisquer, os Encontros Regionais, os Congressos Estaduais LGBT que culminaram com o Congresso Nacional de Políticas Públicas para a população LGBT, O Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT, a criação da Superintendência dos Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, os existência de Fóruns LGBTs nos Estados, entre outros crescentes movimentos sociais em defesa dos Direitos Humanos e no trabalho de construção de uma sociedade mais justa e sem qualquer tipo de preconceito, pois somos sabedores que os preconceitos são danosos a sociedade.

Noticia G: Sabemos que o Brasil não é só habitado pelo “meio”, o quê a MDS faz de projetos para benefícios gerais da sua microregião?
MDS: A ONG MDS tem um trabalho de Educação e Saúde na Prevenção das DST/HIV e Aids e demais doenças oportunistas (com distribuição de material educativo, preservativo e gel na madrugada, em bares, avenidas e praças públicas); de inclusão social das diversidades. A ONG MDS que atende a 12 comunidades (Barra de Macaé, Nova Holanda, Fronteira, Aeroporto, Planalto da Ajuda, Ajuda de Baixo, Ajuda de Cima, Piracema, Águas Maravilhosas, Barreto, Engenho da Praia e Lagomar), mantém o Programa: Centro de Referência dos Direitos Humanos que oferece a população macaense, atendimento social, de Psicologia, Jurídico e a promoção de Cursos de Qualificação para o Trabalho, como também o serviço de RH Social para inclusão do público-alvo no mercado de Trabalho (rhsocialmds@hotmail.com) e realiza em parceria com o Programa Municipal de DST/AIDS o Fórum Municipal Homoafetivo. A instituição promove palestras em escolas, associações e empresas sobre a prevenção das DST/AIDS e um trabalho de Consultoria para Ongs parceiras: Cores da Vida, de Rio das Ostras, Grupo Pluralidades Serrana, de Nova Friburgo, o Grupo Esperança, de Campos dos Goytacazes, como também a diversas outras fora do Estado, como é o caso da ONG Movimento da Diversidade Sexual de Primavera, no Mato Grosso.
São projetos para 2010, a Criação do Disque AIDS MDS para atender a todo interior do Estado do Rio de Janeiro, a participação na Rede de Proteção a Violação dos Direitos Humanos das Pessoas Vivendo com Aids e o Trabalho de Advocacy nas áreas de maior vulnerabilidade social do município – um trabalho em parceria com o Grupo Pela Vidda/ RJ, que tem um trabalho há 20 anos com Pessoas Vivendo com Aids, familiares e amigos.

Noticia G: A internet é sua aliada na campanha contra homofobia, como vocês à utilizam para apresentar a ONG para a população em geral?
MDS: A ONG mantém um blog com matérias atuais para manter as pessoas informadas e com isso promovendo a construção de um pensar diferenciado sobre o assunto e demais, Orkut e em breve um site com informações e orientações necessárias.

Noticia G: O que tira vocês do sério neste país?
MDS: Notícias como lavagem de dinheiro por políticos em ONGs e ONGs que não têm um sério comprometimento com a população e que usam a instituição para outros interesses.

Noticia G: Estamos sempre expostos a muita discriminação o tempo todo, vocês já sofreram algum tipo que seja relevante ressaltar?
MDS: Graças a Deus a ONG MDS tem um trabalho respaldado pela comunidade por sua seriedade e benefícios a comunidade macaense, como também respeitada em todos os setores LGBT e Pessoas Vivendo com Aids de todas as organizações governamentais e não-governamentais. A Instituição tem os Títulos de Utilidade Pública Municipal e Estadual, é filiada aos Fóruns Estaduais LGBT e de ONG/Aids e da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais).

Noticia G: O que vocês acham das Paradas LGBT no Brasil atualmente?
MDS: Posicionamos-nos da seguinte forma: Vemos as paradas como um espaço importantíssimo, de manifestações, de reivindicação, mas que precisa focar mais nos objetivos a que se propõe.

Noticia G: Vocês realizam vários projetos sociais de qualificação para o trabalho dentre outros, falem um pouco para nós destes projetos.
MDS:
A Ong em 2007/8 – realizou os Projetos: Macaé Juventude Gay em parceria com a Gerência Estadual de DST/AIDS e UNESCO e o Projeto: Valorizando Vidas, construindo Cidadania em parceria com a Prefeitura de Macaé (2007/2010), este último nos proporcionou a oportunidade de ganhar o Prêmio Cultural LGBT 2009, do Ministério da Cultura (com 10 computadores novos para os Curso de Inclusão Digital), Projeto Alimentando ideais, construindo cidadania em parceria com o Ministério da Saúde, Programa Nacional de DST/AIDS e a entrega dos Prêmios MDS de Direitos Humanos e o de Luta contra Aids, que acontecem anualmente intercalados ano a ano.

Noticia G: Você acredita que a polêmica é a melhor arma para uma militância inconsciente de toda população?
MDS: Não vejo a polêmica como “arma”, mas um meio de manifestação de descontentamento e que pode gerar causas positivas ou negativas, dependendo do direcionamento e intenção final.

Noticia G: Quais são os planos futuros do MDS?
MDS: A criação de uma Casa de Passagem, para atendimento a Pessoas Vivendo com Aids.

Noticia G: Existe atualmente um senhor chamado Roberto Espírito Santo, assumidamente gay, que pretende ser candidato à Presidência da República e desenvolver projetos maiores para toda a comunidade LGBT. Vocês acreditam nesta possibilidade?
MDS: Entendemos que a política é um espaço democrático e direito de todo o cidadão de participar independente de orientação/condição sexual. Acredito que se as pessoas tiverem este ideal e um trabalho sério em prol da população poderá merecidamente assumir este e qualquer outro espaço de liderança e no cenário mundial já desponta alguns nomes que defendem o direito e a igualdade social.

Noticia G: Se alguém quiser ajudar o MDS como faz?
MDS: Basta entrar em contato com a instituição – ONG MDS – Rua Joaquim Rosa(antiga rua 4), 501 – Parque Aeroporto – Macaé – RJ. Tel: (22) 2759-6133 ou pelo e-mail: ongmds@yahoo.com.br

Noticia G: Deixe seu recado para os leitores da Noticia G...
MDS: Nas relações Sexuais, use sempre camisinha, assim estarás preservando a sua vida e da pessoa que tanto ama!
As pessoas falam muito em Aids, mas as Doenças Sexualmente Transmissíveis e outras doenças podem ser contraídas pelas relações sexuais, quando não se previne com a camisinha.
Se cuide! Se ame! E viva saudável!
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Sobre Unknown

O Noticia G é um blog de notícias LGBT sob o princípio da diversidade. Portanto, divulgamos tudo o que cremos ser relativo a todo SER HUMANO. O blog NOTICIA G não mantém qualquer vínculo empregatício com seus colaboradores/colunistas. Todos o fazem por livre e espontânea vontade. As opiniões expressas pelos colaboradores/colunistas não refletem necessariamente a opinião do blog. Se você detém direitos sobre qualquer assunto/mídia veiculado no blog, favor contatar para retirarmos (noticiag@hotmail.com)
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1 comentários :

  1. Um site tão interessante como este deveria ser mais divulgado na net, para encontralo foi necessario digitar"movimentos da diversaidade no mundo"

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