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Como todas as artes, o cinema se caracteriza tanto pelo que mostra como pelo que oculta. Os laços com a indústria do entretenimento, progressivamente estreitados ao longo de sua história, deixaram traços profundos na partilha entre o visível (o que se mostra) e o invisível (o que se esconde). No lado oculto da lua (no continente submerso das coisas que não se mostram) foi relegado, ao longo de boa parte da história do cinema, o “amor que não ousa dizer seu nome”, como o definiu Oscar Wilde – que pagou caríssimo por nomear, reivindicar e viver o inominável. Nos últimos trinta anos as coisas começaram a mudar. No começo foi pela periferia do circuito de produção e de distribuição cinematográficos; mas, por fim, as variedades da homossexualidade – esse continente submerso do desejo, do afeto e da imaginação que diz respeito a todos, pois afinal é o que nos faz humanos – conquistaram direitos de cidadania na cidadela do cinema mais convencional, nas programações de TV a cabo e na vida comum de pessoas comuns. É um pouco deste percurso que a Sala Redenção busca trazer nesta Mostra. Exibiremos filmes de grande bilheteria e sucesso internacional como Filadélfia ou O Segredo de Brokeback Mountain, ao lado de produções menos cingidas pelos “cânones” do cinema de Hollywood, como o pioneiro A Lei do Desejo, de Pedro Almodóvar, ou o sutil e inquietante Santiago, de João Moreira Salles. Esta Mostra inaugura parceria entre a Sala Redenção – Cinema Universitário e o Coletivo LGBT da UFRGS, que reúne servidores (docentes e técnicos) e alunos.
Curadoria de Tânia Cardoso de Cardoso, Paulo Faria e Guilherme Mautone
A Mostra Cinema e homossexualidades conta com o apoio do Centro de Entretenimento E o vídeo levou.
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