Em uma ação inédita, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Direitos Humanos lançam nesta quarta-feira a primeira campanha nacional de prevenção à Aids idealizada pelos próprios travestis. A campanha "Sou travesti. Tenho direito de ser quem sou" tem como objetivo sensibilizar a sociedade contra o preconceito e a discriminação, além de informar os travestis sobre as formas de prevenção da doença.
Além de folders informativos impressos, a campanha conta com uma novidade: materiais eletrônicos voltados aos travestis, como toques de celular, telas de descanso e vídeos. As peças mostram como elesrealmente são, por meio de vídeos que apresentam, por exemplo, os fatores que influenciam a escolha do nome social.
Além do foco no público-alvo da iniciativa, a campanha tem um folheto dirigido ao serviço de saúde que convida o profissional de saúde a fazer a sua parte. Informações como aplicação de silicone, aparência física feminina, o uso do banheiro e a identificação das situações de risco que podem levar os travestis à infecção pelo HIV são abordadas no folheto.
Para a população geral, o principal foco da campanha é o preconceito. Com o slogan, "olhe, olhe de novo, e veja além do preconceito", os travestis se apresentam como pessoas comuns, que trabalham, estudam e possuem famílias.
A campanha, disponível no site www.aids.gov.br/travestis , foi elaborada durante uma oficina de criatividade, realizada de 16 a 18 de janeiro, em Brasília (DF). Participaram do evento 16 travestis, das cinco regiões do Brasil. Os materiais gráficos serão distribuídos pelo Ministério da Saúde para 96 instituições não governamentais que atuam nessa área.
Assista um dos videos:
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