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Celso Kamura faz 30 anos de carreira


Há 30 anos penteando e maquiando famosas e anônimas, Celso Kamura ainda tenta entender, afinal, o que querem as mulheres. "O segredo do sucesso nesta profissão é ter a sensibilidade para captar o estado de espírito da mulher naquele momento, e são taaantos momentos", diz, dando risada. O cabeleireiro tem clientes tão variadas quanto os humores femininos. Vai da discreta Angélica à mutante Grazi Massafera, que virou clean após o BBB. Sem falar da presidente Dilma Rousseff, em quem operou uma transformação que foi notícia no mundo todo. "Ela fala que eu sou renascentista, aquele que sabe fazer tudo", diverte-se. Veja o bate papo com Kamura sobre a mudança de Dilma, os 30 anos de carreira e os humores femininos. 

EGO - Você tem 30 anos de uma carreira bem-sucedida. Como foi o começo de tudo? 
Celso Kamura - Na minha vida profissional tudo aconteceu de forma muito simples. Eu tinha um vizinho que era cabeleireiro. Faltou maquiador onde ele trabalhava e me convidou para fazer um teste. Mas eu maquiava de brincadeira, era auxiliar de contabilidade. Fui, adorei, o pessoal adorou, e em um ano me formei cabeleireiro também. Fui autodidata, e as coisas aconteceram naturalmente. 

E a moda, como veio? 
Comecei a me interessar a fazer revista. Meu sonho era fazer capa de revista (risos). A primeira capa foi "Manequim". Todo mundo começa lá. Depois que abri um salão no Campo Belo, passei a me interessar mais por moda, foi quando começou a São Paulo Fashion Week, e embalei. 



Você está desde a primeira edição da SPFW. O que mudou no evento nesse tempo todo? 
A São Paulo Fashion Week foi a grande porta para todo mundo que trabalha com isso se sobressair, se lançar, se profissionalizar. Os cabeleireiros tiveram mais destaque na mídia. Acho que a Fashion Week serve de exercício para todos os profissionais. É uma troca de informações com todos os envolvidos. 

Você gosta de estar lá? 
Na hora, a gente não gosta (risos). Eu vejo a Fashion Week mais profissionalmente. Entro no camarim, faço o meu trabalho e vou embora. Não tenho paciência de ficar andando, estou sempre muito concentrado e aí canso. 

O oba-oba te cansa? 
Esse oba-oba é que me cansa. Mas na hora de fazer é muito prazeroso. 

Foi Alexandre Herchcovitch que trouxe você para o universo da moda? 
Com o Alexandre foi uma coisa conjunta. Sempre fiz os desfiles dele, desde antes da Fashion Week. Essa parceria é uma coisa natural. Acho que tê-lo como um estilista parceiro me ajuda muito, ele tem uma cabeça incrível. 

E vocês sao amigos? 
Superamigos. Sou amigo do Alexandre desde que ele tinha 17 anos, cabelo preto pintado de vermelho. 


Qual foi a primeira celebridade que teve como cliente? 
A primeira de que a mídia falou foi a Marta Suplicy. Quando a conheci, ainda era deputada. Ela ia estrear um programa na Band e aí ela me convidou para fazer seu look. Foi muito bafo. Também teve Susana Vieira, antigamente. Deisy Nunes, que era Miss Brasil. Adriana Esteves... 

De todos as celebridades que já passaram na sua mão, qual é a aquele cabelo que todo mundo lembra? 
Acho que quando Angélica cortou curto. É uma coisa que todo mundo lembra porque ela nunca tinha feito isso. 

E a presidente Dilma Rousseff? Qual o maior desafio na hora de mudar o visual dela? 
Não foi desafio, não. Eu sou muito ansioso, então sofri antes do tempo. Achava que ela não iria querer cortar o cabelo do jeito que eu tinha imaginado. Mas quando a conheci foi tão fácil que fiz tudo que eu queria. Colori do jeito que eu quis, maquiei do jeito que eu quis, fiz tudo como quis. Agora ela tem umas preferências, claro. Você faz o look e a pessoa vai incorporando. 

A questão dos cabelos é delicada para mulheres que tiveram câncer. Como foi com a Dilma? 
Tenho várias clientes que tiveram câncer e quase todas se apegaram ao cabelo. Com ela foi tranquilo, mas eu sabia que tinha que mudar. A lateral e a nuca dela me incomodovam, a deixavam com um aspecto envelhecido, engordavam. 


Todo mundo diz que a presidente está mais confiante e feminina. Você acha que a mudança de fora influenciou o jeito dela? 
Eu a conheci num momento muito estressante e agora a vejo muita calma, tranquila, segura. Então não sei se ela era assim antes. E também acho que quando você se sente melhor, tudo fica melhor. Espero que esta mudança tenha ajudado a torná-la mais feliz. 

E ela nunca comentou nada? 
Ela elogia o meu trabalho, ela fala que eu sou renascentista, aquele que sabe fazer tudo, completo (risos). 

Como é a logística na hora de cuidar de Dilma? 
Na época da campanha, eu a acompanhei muito com a minha equipe. Agora, depois de eleita, ainda não tem uma rotina. Mas acho que caminha para uma coisa assim, um corte mensal e algum trabalho que ela tenha que estar mais arrumada e precise de mim. 

A Grazi, que é outra cliente sua, também passou por uma grande transformação. Como foi esse processo? 
Essa transformação foi uma tranformação dela. Trabalhando, ela foi sacando o que era melhor. Ela, como pessoa que trabalhou em salão, sabe tudo. Você sugere, mas ao mesmo tempo ela tem a opinião dela. De vez em quando ela mesma faz uns reflexozinhos. 

Sozinha? E você não briga com ela? 
Não, porque ela sabe fazer. E agora ela está natural. Quando eu conheci Grazi, ela tinha saído do "Big Brother". Usava aquela cabelo na cintura tingido de loiro, uma maquiagem mais carregada. Agora eu que tenho que falar: 'Vamos fazer uma maquiagem, um olhão pretão?'. Mas ela incorporou isto naturalmente. É um assunto em que ela se liga muito. Está numa fase mais minimalista. 

Angélica é outra das suas clientes famosas. 
É, faço Angélica e faço a família toda, Joaquim, Benício...  Angélica sempre foi famosa e é a pessoa mais normal do mundo. Eu até estranho, porque ela é uma pessoa cool. É a mais cool que eu conheço. 


E o seu cabelo, você usa  assim compridão faz tempo. Não tem vontade de mudar? 
Faz sete anos que uso assim. Aí, às vezes, eu penso (em mudar), mas é tão prático assim. Quando precisa, eu prendo. E acho que faz um estilo. 

Você acredita em tendência em corte de cabelo? 
Acho que isso faz parte da indústria da moda, e nós estamos envolvidos nisso. Tendência agora é um ponto de partida, e beleza agora está superpersonalizada. 

Quais cabelos mais pedidos no seu salão? 
Gisele (Bündchen) é um classicão, a campeã. E o cabelo da Camila Pitanga, atualmente, um cabelo mais volumoso. Internacional, a Emma Watson, tem umas modernas que gostam e estão se jogando. 

E quando chega uma pessoa que quer um corte que você sabe que não vai ficar bom? 
Eu não faço (risos)! Não digo "não vou fazer". Mas a convenço a não fazer. Acho que o segredo de se ter sucesso nesta profissão é ter a sensibilidade para captar a mensagem que a cliente quer passar. Captar o estado de espírito da mulher naquele momento, e são taaantos momentos (risos).

Fonte: EGO
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