Um ato de repúdio contra a eleição do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados acontecerá nessa terça-feira (12) em Cabo Frio.
A ação acontece em um dos principais pontos de interesse político de Cabo Frio, a Câmara Municipal de Cabo Frio, a mesma está sendo organizada através de redes sociais e programa-se para as 18h, adentrar na assistência do Legislativo Municipal.
Para o Presidente do Grupo Iguais e Coordenador Nacional da Articulação Brasileira de Gays, Rodolpho Campbell o discurso do pastor Marco Feliciano segue na contramão dos interesses da comissão.
- O deputado não tem histórico de defesa e de interesse em nossas políticas públicas e seus discursos pejorativos e de ódio aos negros e gays não caminham juntos aos nossos direitos de fato.
Grupos protestam em todo o país contra deputado federal Marco Feliciano
No sábado (9), diversas capitais brasileiras realizaram a manifestação contra o deputado. Em São Paulo, a concentração foi marcada para as 14h na esquina entre a Avenida Paulista e a Rua da Consolação, na região central de São Paulo. Munidos de cartazes, os manifestantes caminharam pela Rua da Consolação, ocupando faixas da rua no sentido centro.
Em Brasília, o protesto também pediu a saída de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado. A manifestação na capital do país começou na Rodoviária do Plano Piloto, organizada em redes sociais por membros do movimento LGBT e da Federação Umbanda e Candomblé de Brasília e Entorno. Os manifestantes chegaram a interditar quatro faixas do Eixo Monumental.
Já em Vitória (ES), mais de 200 pessoas se reuniram na Praça do Papa para protestar contra a nomeação do novo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
Eleição criticada
A escolha de Feliciano para presidir a comissão gerou protestos de entidades de direitos humanos e de parlamentares. O deputado é alvo de dois processos no Supremo Tribunal Federal: um inqúerito que o acusa de homofobia e uma ação penal na qual é denunciado por estelionato. A defesa do parlamentar nega as duas acusações.
Pastor da igreja Assembleia de Deus, Feliciano causou polêmica em 2011 por causa de mensagens publicadas no Twitter. "Sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, AIDS, fome... Etc.", escreveu na época. Ele também publicou que "a podridão dos sentimentos dos homoafetivos leva ao ódio, ao crime e à rejeição."
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