O prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito, afirmou que não proibiu a realização da Quarta Parada Gay na cidade. Em entrevista ao programa CBN Rio, Zito disse que a passeata com carros de som não foi autorizada por falha da organização do evento:
- Na verdade eu não adiei nem cancelei nada. Faltou um pouco mais de articulação dos representantes, que não me procuraram e não estiveram reunidos comigo para que pudéssemos analisar algumas regras, já que houve diversos abaixo-assinados de vários segmentos reclamando que nas três últimas paradas tiveram desconfortos e problemas. Nós teríamos que ter conversado e isso não aconteceu - ressaltou Zito.
O prefeito, no entanto, não esclareceu o que precisa ser feito para que a parada de 2010 seja aprovada. Segundo ele, os moradores reclamaram de terem presenciado atos obscenos em ruas transversais:
- Ali é uma área familiar, onde as pessoas moram, vivem. É muito ruim você abrir sua porta e ver pessoas fazendo gestos na frente da sua família.
O prefeito negou que teria dito que em Caxias "não tem veado e sapatão suficientes para passeata", conforme noticiou Ancelmo Gois, em sua coluna no GLOBO. Zito afirmou que nunca se encontrou com o coordenador do grupo Arco-Íris, Cláudio Nascimento, para quem teria feito a declaração. Perguntado se seu ato poderia ser encarado como preconceito, Zito foi taxativo:
- Eu sou homem definido. Sei das minhas responsabilidades. Tenho que ouvir a todos. Agora, as coisas não podem ser como todos querem. Tem que ter um diálogo - afirmou Zito, que voltou a dizer que não tem preconceito contra os homossexuais.
A parada, que estava programada para começar por volta das 14h deste domingo, se transformou em uma caminhada sem música. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que foi a Caxias participar do evento, disse que nunca houve incidente nos três últimos anos em que ele também participou da parada. E lembrou que uma lei, de 2000, prevê que nenhum estabelecimento ou ente público pode discriminar pessoas em razão de sua orientação sexual.
- Soube que nos próximos dias vai haver uma manifestação religiosa aqui. Se ficar caracterizado que a prefeitura está tratando diferentemente essas entidades, o prefeito pode ser enquadrado nessa lei - afirmou o ministro que tentou ligar para o celular de Zito, mas não teve retorno.
De uma coisa nós do Noticia G temos certeza.... Lugar familiar se tem em todo país em, qualquer local. Agora fica fácil justificar o ato. Mas a homofobia foi declarada. "E agora José?", o que será feito?
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